sábado, 26 de fevereiro de 2011

29º Bienal de São Paulo


Local do evento: Palácio das Artes, Belo Horizonte-Minas Gerais
Visita no dia: 24/02/2011


Uma exposição com trabalhos divididos em 3 partes. Duas das partes se dividem no Palácio das Artes, e a outra se divide no museu de fotografia da UFMG.
A exposição consiste em obras de Cildo Meireles, Arthur Barrio, Carlos Vargas, entre outros.
A maioria das obras exploram o lado de expor as vontades sem medo, de se abrir e lutar pela liberdade de expressão. Muitas criticam a época da ditadura e alguns lideres políticos como o Obama e Lula através de charges.
A mensagem de diferenças sociais e socioculturais foram marcadas em fotografias de uma família e uma montagem de retratos. Vemos claramente a preocupação dos artistas em nos transmitir a ideia de liberdade de expressão e em vários modos de se expressar, indo de uma pintura até um repórter morto pela ditadura, onde se brigava para se expressar livremente contra o governo.
A exposição foi montada com obras de uma incrível interpretação, e os artistas utilizam vários recursos interessantes, como a dança de uma bailarina apenas com o som de seus passos. Porem, algumas obras, vejo uma difícil interpretação sobre sua ideia principal. Algumas demoram em ser compreendidas o que realmente se deveria compreender.
Uma critica feita a políticos agradou ao meu grupo. Foi bem planejada e criativa, apesar de ser enérgica e agressiva. A obra envolve políticos como Lula e Obama, com armas apontadas para suas cabeças.
Outras obras não agradaram, como a foto de uma mulher onde se vê sua língua ferida. Para o grupo, a interpretação é sobre o ditado popular de “linguaruda”, por isso se tem a língua machucada, por falar demais na época da ditadura.
A 29º Bienal de São Paulo deixa uma marca clara com a insatisfação política, problemas sociais onde é citada uma reportagem com Clarice Lispector narrando sua obra de “O mineirinho” e a tristeza das mortes durante o regime militar.


Comentário critico

Arte em seu significado é expressar-se livremente, é expor suas ideias não racionais sem ter medo de ser criticado. Obras que esclarecem alguns aspectos de liberdade de expressão em várias datas, desde o regime político até ao ano atual.
A violência é marcada profundamente nesta exposição, o que nos surpreendeu e muito, devido a varias obras com “rastro de sangue” , porem, sem medo de serem criticadas e comparadas com horror.
A audácia de algumas peças faz a exposição se tornar bela e sua compreensão mais profunda. A falta de delicadeza foi constante, já que a agressividade tomava conta até nos movimentos da bailarina, onde no seu rosto era estampado desespero e realizar passos perfeitos e obter uma performance excepcional.